"Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz."







8 de jan. de 2014

A Terra Desolada
(T. S. Eliot)

Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera.
O inverno nos agasalhava, envolvendo
A terra em neve deslembrada, nutrindo
Com secos tubérculos o que ainda restava de vida.
O verão; nos surpreendeu, caindo do Starnbergersee
Com um aguaceiro. Paramos junto aos pórticos
E ao sol caminhamos pelas aleias de Hofgarten,
Tomamos café, e por uma hora conversamos.
Big gar keine Russin, stamm’ aus Litauen, echt deutsch.
Quando éramos crianças, na casa do arquiduque,
Meu primo, ele convidou-me a passear de trenó.
E eu tive medo. Disse-me ele, Maria,
Maria, agarra-te firme. E encosta abaixo deslizamos.
Nas montanhas, lá, onde livre te sentes.
Leio muito à noite, e viajo para o sul durante o inverno.
Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham
Nessa imundície pedregosa? Filho do homem,
Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces
Um feixe de imagens fraturadas, batidas pelo sol,
E as árvores mortas já não mais te abrigam,
nem te consola o canto dos grilos,
E nenhum rumor de água a latejar na pedra seca. Apenas
Uma sombra medra sob esta rocha escarlate.
(Chega-te à sombra desta rocha escarlate),
E vou mostrar-te algo distinto
De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece
Ou de tua sombra vespertina ao teu encontro se elevando;
Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó.
(Trecho de “Terra Desolada”, de T. S. Eliot. Tradução de Ivan Junqueira)
 Tabacaria

(Fernando Pessoa)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
(Trecho de “Tabacaria”, de Fernando Pessoa)
A Máquina do Mundo

(Carlos Drummond de Andrade)

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.
(Trecho de “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade)
 Os Homens Ocos

(T. S. Eliot)

Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam — se o fazem — não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
II
Os olhos que temo encontrar em sonhos
No reino de sonho da morte
Estes não aparecem:
Lá, os olhos são como a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Lá, uma árvore brande os ramos
E as vozes estão no frêmito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela agonizante.
Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me num campo
Como o vento se comporta
Nem mais um passo
— Não este encontro derradeiro
No reino crepuscular
(Trecho de “Os Homens Ocos”, de T.S. Eliot. Tradução de Ivan Junqueira)

Velejando para Bizâncio

(William Buttler Yeats)

Aquela não é terra para velhos. Gente
jovem, de braços dados, pássaros nas ramas
— gerações de mortais — cantando alegremente,
salmão no salto, atum no mar, brilho de escamas,
peixe, ave ou carne glorificam ao sol quente
tudo o que nasce e morre, sêmen ou semente.
Ao som da música sensual, o mundo esquece
as obras do intelecto que nunca envelhece.
Um homem velho é apenas uma ninharia,
trapos numa bengala à espera do final,
a menos que a alma aplauda, cante e ainda ria
sobre os farrapos do seu hábito mortal;
nem há escola de canto, ali, que não estude
monumentos de sua própria magnitude.
Por isso eu vim, vencendo as ondas e a distância,
em busca da cidade santa de Bizâncio.
Ó sábios, junto a Deus, sob o fogo sagrado,
como se num mosaico de ouro a resplender,
vinde do fogo santo, em giro espiralado,
e vos tornai mestres-cantores do meu ser .
Rompei meu coração, que a febre faz doente
e, acorrentado a um mísero animal morrente,
já não sabe o que é; arrancai-me da idade
para o lavor sem fim da longa eternidade.
Livre da natureza não hei de assumir
conformação de coisa alguma natural,
mas a que o ourives grego soube urdir
de ouro forjado e esmalte de ouro em tramas,
para acordar do ócio o sono imperial;
ou cantarei aos nobres de Bizâncio e às damas,
pousado em ramo de ouro, como um pássaro,
o que passou e passará e sempre passa.
(Trecho de “Velejando para Bizâncio”, de William Buttler Yeats. Tradução de Augusto de Campos)

À Espera dos Bárbaros
(Konstantinos Kaváfis)

O que esperamos na ágora reunidos?
É que os bárbaros chegam hoje.
Por que tanta apatia no senado?
Os senadores não legislam mais?
É que os bárbaros chegam hoje.
Que leis hão de fazer os senadores?
Os bárbaros que chegam as farão.
Por que o imperador se ergueu tão cedo
e de coroa solene se assentou
em seu trono, à porta magna da cidade?
É que os bárbaros chegam hoje.
O nosso imperador conta saudar
o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe
um pergaminho no qual estão escritos
muitos nomes e títulos.
Por que hoje os dois cônsules e os pretores
usam togas de púrpura, bordadas,
e pulseiras com grandes ametistas
e anéis com tais brilhantes e esmeraldas?
Por que hoje empunham bastões tão preciosos
de ouro e prata finamente cravejados?
É que os bárbaros chegam hoje,
tais coisas os deslumbram.
Por que não vêm os dignos oradores
derramar o seu verbo como sempre?
(Trecho de “À Espera dos Bárbaros”, de Konstantinos Kaváfis. Tradução de José Paulo Paes)

O Cemitério Marinho
(Paul Valéry)

Esse teto tranquilo, onde andam pombas,
Palpita entre pinheiros, entre túmulos.
O meio-dia justo nele incende
O mar, o mar recomeçando sempre.
Oh, recompensa, após um pensamento,
Um longo olhar sobre a calma dos deuses!
Que lavor puro de brilhos consome
Tanto diamante de indistinta espuma
E quanta paz parece conceber-se!
Quando repousa sobre o abismo um sol,
Límpidas obras de uma eterna causa
Fulge o Tempo e o Sonho é sabedoria.
Tesouro estável, templo de Minerva,
Massa de calma e nítida reserva,
Água franzida, olho que em ti escondes
Tanto de sono sob um véu de chama,
— Ó meu silêncio!… Um edifício na alma,
Cume dourado de mil, telhas, teto!
Templo do Templo, que um suspiro exprime,
Subo a este ponto puro e me acostumo,
Todo envolto por meu olhar marinho.
E como aos deuses dádiva suprema,
O resplendor solar sereno esparze
Na altitude um desprezo soberano.
Como em prazer o fruto se desfaz,
Como em delícia muda sua ausência
Na boca onde perece sua forma,
Aqui aspiro meu futuro fumo,
Quando o céu canta à alma consumida
A mudança das margens em rumor.
(Trecho de “O Cemitério Marinho”, de Paul Valéry. Tradução de Darcy Damasceno)

Hugh Selwyn Mauberly
(Ezra Pound)

Vai, livro natimudo,
E diz a ela
Que um dia me cantou essa canção de Lawes:
Houvesse em nós
Mais canção, menos temas,
Então se acabariam minhas penas,
Meus defeitos sanados em poemas
Para fazê-la eterna em minha voz
Diz a ela que espalha
Tais tesouros no ar,
Sem querer nada mais além de dar
Vida ao momento,
Que eu lhes ordenaria: vivam,
Quais rosas, no âmbar mágico, a compor,
Rubribordadas de ouro, só
Uma substância e cor
Desafiando o tempo.
Diz a ela que vai
Com a canção nos lábios
Mas não canta a canção e ignora
Quem a fez, que talvez uma outra boca
Tão bela quanto a dela
Em novas eras há de ter aos pés
Os que a adoram agora,
Quando os nossos dois pós
Com o de Waller se deponham, mudos,
No olvido que refina a todos nós,
Até que a mutação apague tudo
Salvo a Beleza, a sós.
(Trecho de “Hugh Selwyn Mauberly”, de Ezra Pound. Tradução de A. de Campos)

Poema em Linha Reta
(Fernando Pessoa)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
(Trecho de “Poema em Linha Reta”, de Fernando Pessoa)

Poema Sujo
(Ferreira Gullar)

turvo turvo
a turva
mão do sopro
contra o muro
escuro
menos menos
menos que escuro
menos que mole e duro
menos que fosso e muro: menos que furo
escuro
mais que escuro:
claro
como água? como pluma?
claro mais que claro claro: coisa alguma
e tudo
(ou quase)
um bicho que o universo fabrica
e vem sonhando desde as entranhas
azul
era o gato
azul
era o galo
azul
o cavalo
azul
teu cu
tua gengiva igual a tua bocetinha
que parecia sorrir entre as folhas de
banana entre os cheiros de flor
e bosta de porco aberta como
uma boca do corpo
(não como a tua boca de palavras) como uma
entrada para
eu não sabia tu
não sabias
fazer girar a vida
com seu montão de estrelas e oceano
entrando-nos em ti
bela bela
mais que bela
mas como era o nome dela?
Não era Helena nem Vera
nem Nara nem Gabriela
nem Tereza nem Maria
Seu nome seu nome era…
Perdeu-se na carne fria
perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia
(Trecho de “Poema Sujo”, de Ferreira Gullar)

21 de set. de 2013


APENAS UM RECORTE SOCIAL....


"Sócrates, via Platão (A República, Livro IX), defende que o homem que pratica o mal é o mais infeliz e escravizado de todos, pois está em conflito interno, em desarmonia consigo mesmo, perenemente acossado e paralisado por medos, remorsos e apetites incontroláveis, tendo uma existência desprezível, para sempre amarrado a alguém (sua própria consciência!) onisciente que o condena. Com o devido respeito ao filósofo de Atenas, nesse caso acredito que ele foi excessivamente otimista. Hannah Arendt me parece ter chegado mais perto da compreensão da perversidade humana ao notar, nos ensaios reunidos no livro Responsabilidade e Julgamento, que esse desconforto interior do “pecador” pressupõe um diálogo interno, de cada pessoa com a sua consciência, que na verdade não ocorre com a frequência desejada por Sócrates. Escreve ela: “Tenho certeza de que os maiores males que conhecemos não se devem àquele que tem de confrontar-se consigo mesmo de novo, e cuja maldição é não poder esquecer. Os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão”. E, para aqueles que cometem o mal em uma escala menor e o confrontam, Arendt relembra Kant, que sabia que “o desprezo por si próprio, ou melhor, o medo de ter de desprezar a si próprio, muitas vezes não funcionava, e a sua explicação era que o homem pode mentir para si mesmo”. Todo corrupto ou sonegador tem uma explicação, uma lógica para os seus atos, algo que justifique o porquê de uma determinada lei dever se aplicar a todos, sempre, mas não a ele(a), ou pelo menos não naquele momento em que está cometendo o seu delito."

10 de ago. de 2013

"Talvez sejamos como máquinas
Tenhamos nosso propósito, nossa função
Mas como máquinas também podemos quebrar.

Talvez o mundo seja como uma máquina.
E como toda máquina não vem com peças sobrando
Se eu sou uma peça dessa grande máquina eu não vim sobrando e nem você 
Tenho um motivo para estar aqui."

Hugo Cabret
A viagem

A vida é essa viagem toda que dizem mesmo.
Muitas pessoas, muitas lugares, muitos sentimentos..
Dividir suas ideias e compartilhar suas dúvidas,
Chorar de rir..
Rir para não chorar..
Depois de dias com sol escaldante, dias de muito vento e chuva.. e nós sempre reclamando..
Poucos viram o sol poente,
Tampouco a lua que iluminava o lago..
Ah! E a comida do RU? Prefiro nossos devaneios..
E aquelas noites em claro  estudando?
Como valeram a pena!!
E aquelas promessas de estudar no final de semana, eram só promessas...
E tem dia que tudo dá errado, estamos sem grana, com provas, perdemos algo importante, estamos de TPM, seu cabelo está uma droga e minha voz te irrita.. mesmo nesses dias, ainda somos melhores juntos.
Todo dia é dia de aprendizado!
E sempre temos algo a aprender ou ensinar, seja com um gesto, uma palavra, um protesto.
Diariamente penso como sou afortunada por estar onde estou e com quem estou. Me orgulho do que sou, porque agora sou um pouco de cada um de vocês!

29.05.2013
Ga,
Vou tentar começar do começo,
E se bem me lembro você foi minha primeira amiga e mais que isso,
meu primeiro contato com a química, me mostrando suas experiências e sua paixão, me fazendo sentir que estava no lugar certo, com essa paixão no olhar.
Chegou com toda sua graciosidade e simpatia e se tornou parte do meu novo mundo,
Contribuiu com essa nova Kaline.
Obrigada!
Obrigada mais uma vez, por acreditar em mim, quando nem eu acreditava!
E por me apoiar, ouvir e aconselhar como uma irmã mais velha faria.
Obrigada por me ensinar que com amor, serenidade e paciência nós podemos aproximar as pessoas.
E de repente nossa líder estava escolhida espontaneamente,
Essa cola que nos une.
E sem ela, simplesmente, não seremos os mesmos.
Sem suas bandas emos, digo CPM 22 e Strike,
sem os encontros em sua kit e sem seu olhar confortante depois daquela prova!
E as festas de aniversário surpresas? Ah!
Obrigada pelos ensinamentos diários,
Pelas comilanças e bebedeiras em festas;

E o que seria de mim sem você?
E a cada dia nos vemos cada vez mais próximos, mesmo tão diferentes.
E sua presença esse semestre se tornou ilustre, já que nos vemos com pouca frequência.

E essa surpresa de não te ter aqui pelos próximos três semestres, nos atingiu de forma contraditória, uma vez que será uma viagem incrível para você, mas em compensação não a teremos conosco.
Com seu pai descolado, sogro sucesso para os cocotos da Austrália que virão. haha

E agora eu quem digo:
“me deixa te abraçar para sempre, agora?”









8 de jul. de 2013

Conversa gramatical

Porque tantos porquês?

-Porque a vida é cheia de porquês, disse um sábio.

23 de jun. de 2013

Atualidades

E as músicas não falam mais de amor ou de liberdade,

E respeito é artigo de luxo.

E a mecanização do meu tempo começa a incomodar,
Porque tanta correria? Para quem poupar meu tempo?

E as pessoas já não acreditam em sua importância.

E mais uma pessoa morreu nas mãos da injustiça social.
E mais tantas crianças foram levadas pela fome.

E nada mais nos surpreende!
Nem a beleza e nem a maldade!

Mova-se

Seja você a mudança que você quer ver nos outros.
Luta pela corrupção, mas corta fila, trapaceia do cara a seu lado;
Fala de direitos, quando não cumpri se dever;
Vamos lá, levanta e não vem pra rua, vem pra luta,
Luta pela criança que um dia você foi;
Luta pelos seus direitos usurpados;
Luta pela esperança de um futuro melhor;

Mas antes de querer mudar o mundo,
antes de querer mudar o Brasil,
antes de querer mudar sua cidade.
Mude a si mesmo, mude sua postura,
abra o olhos pra suas leis,
para seus governantes,
se informe.

A mídia não quer informar,
quer desinformar.
A TV não tem entretenimento somente quer te entreter.

16 de jun. de 2013

mãe
hoje é um dia muito especial, dia que a mãe mais maravilhosa do mundo nasceu: você
hoje quero compartilhar de alguns sentimentos que estão sempre aqui dentro de mim.
dizer que te amo é algo simples e fácil, e como não amaria uma pessoa tão especial, que me ensinou a falar, que acompanhou meus primeiros passos, que me viu banguela, que me acudiu depois de um pesadelo, que me abraçou e me disse que ficaria tudo bem.

Hoje só quero agradecer por ser quem es para mim e me deixar como legado grandes ensinamentos diários. Certa vez ouvi que a melhor maneira de ensinar é dando exemplo, e a senhora com todo seu amor e paciência me dá valiosas lições diariamente: a educação com pessoas desconhecidas, o carinhos com conhecidos, a paciencia e atenção com as pessoas, dedicação ao trabalho, fazer aquilo que nos faz bem, pensar no próximo, ter esperança em um dia melhor, fé, respeito a natureza, 

20 de fev. de 2013

mais inteligente é aquele que sabe que não sabe.
o verdadeiro conhecimento vem de dentro.
o homem é  a medida de todas as coisas.
filósofo = amante da sabedoria.

18 de fev. de 2013


Porque imagens dizem muito..





Pelos meus cálculos..

É hora de ser FELIZ!
Não importa se é uma felicidade singular ou pluralizada, mas seja feliz o quanto antes.

16 de fev. de 2013

Viver por aquilo que vale a pena morrer, 
dizia aquela música e quem sabe seja essa a definição de amar.

13 de fev. de 2013

Atualidade

E de repente percebo que minha vida é cheia de alegrias,
e elas estão espalhadas pelo estado de São Paulo, não é universitários sãocarlenses?
Felicidade

Um amigo me disse para eu ir buscar minha felicidade.

Mas com o tempo percebi que a felicidade estará onde eu quiser que ela esteja
e aprendi que a felicidade tem curto período de tempo
mas que pode ser eternamente lembrada como bons momentos.

Felicidade é estar com pessoas que te quer bem;
é comidinha de mamãe;
é céu estrelado e violão;
é conversa à toa com os amigos;
é passar na disciplina da universidade;
é passar no vestibular;
é festa sem hora para acabar;
é ter samba no pé;
é cantar no chuveiro;
é fazer piadas sem graça;
é rir de si mesmo;
é assistir todas as séries possíveis;
é se sentir amado;
é amar o que se faz!

11 de set. de 2012

"Nossos sonhos não cabem em suas urnas."
"Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo tem coragem de começar por si mesmo."  Sérgio Vaz
"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprendem a ler e não leem."Mario Quintana
" As melhores coisas no mundo não são as coisas."
" As pegadas de quem andam jamais se apagam."

10 de set. de 2012

" Há pouca diferença entre os homens e as feras. E muitos homens reduzem essa diferença a nada." Confúcio

" Não há coragem louvável se não for acompanhada pela prudência." Xenofonte

" O homem verdadeiramente corajoso não busca perigos. Enfrenta-os, quando aparecem." Plutarco

" Só há uma força capaz de construir por toda a eternidade: o Amor." Quem diria, Getúlio Vargas

" A ignorância é a mais trágica enfermidade que pode atacar a uma criatura terrena ou espiritual." Goethe

" A guerra é o monumento da insensatez humana." Alziro Zarur

"Assim como o perfume é a expressão da flor, o pensamento é o perfume do espírito." Alcorão

" Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando prático o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião." Abraão Lincoln

" A verdade está dentro de nós. Não surge das coisas externas, mesmo que assim acreditemos. Há um centro interno onde a verdade habita em sua plenitude." Buda


"Trabalhemos incansavelmente de forma que seja extirpada dos corações a guerra. As armas não disparam sozinhas. "Mas, e em caso de acidente?!", alguém  poderia perguntar. Antes não tivessem sido feitas, ora!

O mundo fatiga-se com demasia de palavras e pobreza de ações eficazes.

O amor é a mais inteligente expressão da alma.

Aids: O vírus do preconceito mata mais que a doença.

Ser idealista, sim. Mas por favor, com talento e bastante competência.

Egoísmo e arrogância: Duas chagas no relacionamento social.

Quando você precisa de reconhecimento constante para tudo que faz, alguma coisa está errada... com você.

Os racistas, mais dia, menos dia, serão vítimas do seu próprio atraso moral." Paiva Netto


9 de set. de 2012


O conhecimento é maravilhoso, mas tem seu onus... a ignorância por sua vez é um anestésico pra vida, você nasce e morre sem saber como de fato as coisas são ao seu redor... nunca se sabe qual dos dois é melhor, ter de fato a consciência plena ou ser alheio a ela!

Jorge Paes.
Na vida, as coisas não se repetem,

nem o beijo,

nem o desejo,

nem as palavras,

nem a dor,

nem a arte,

nem o carinho,

nem o caminho,

nem as conversas,

nem os amigos,

nem as paixões,

nem as decisões,

nem as razões pelas quais tomamos decisões.

Cada momento é mesmo único,

e algumas coisas são perfeitas,

olhares, sorrisos, mensagens, compartilhar coisas bobas,

chorar de alegria, pular de felicidade, abraços..
Casualidades

Não gosto de parecer previsível, mas na realidade não sou dada a casualidades.
Gosto de planejamento, obviamente não podemos prever as ações humanas.
Mas creio que casualidades se tornam experiências interessantes a medida que você tira o seu melhor.
Conhecer pessoas é sempre defensivo: escolher as palavras, escolher qual visão você quer que a pessoa tenha de você. E mais uma vez se torna difícil prever o julgamento do outro.
E quanto ao ambiente, digo que sua postura é mais importante do que o valor da cerveja.
Ria de situações que você não gostaria de presenciar.
E se for realmente ruim, aprenda com esse erro.

E faça das casualidades, pequenas aventuras.
Se coloque à prova.
Saia da sua área de conforto.
Desafie seus limites.
Aprenda com o antes desconhecido.

7 de set. de 2012


Até Quando? Gabriel O Pensador

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!

A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!

Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada?


A educação parou?

Essa pergunta é bastante pertinente para os estudantes conscientes da atual situação que se encontra nossa educação.
"Ei, cidadão o seu filho tem direito à educação de qualidade." No dia 06/09/2012 as ruas de muitas cidades pararam por instantes preciosos, para ouvir a voz da sua juventude, juventude pedindo algo que é um direito garantido pela constituição. "Não é favor, e nem caridade. Eu quero educação de qualidade."
"Vereador safado, meu professor é escravo do estado." E com esse grito apelamos por melhores condições de trabalho para os professores.
"Se você paga, não deveria. Educação não é mercadoria!" Sim, temos direito à educação pública de qualidade.
"Nas ruas, nas praças, quem disse disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil." Juntos somos mais fortes, somando mais vozes e mais corações por uma luta que é de todos nós.

É realmente lastimável as condições das nossas escolas: Sem aula, sem professores qualificados, sem infraestrutura..
E os nossos professores? Sem brilho, cansados, salários absurdos, sem (o merecido) valor..

E com isso me pergunto: Qual o futuro teremos? Em quais mãos estará o amanhã?
Nossas crianças são desestimuladas a pensar, sua criatividade é cortada em pedacinhos, habilidades passam totalmente despercebidas, não aprendem política e nem economia.
E porque? Porque o sistema sabe que a educação é a solução para um Brasil diferente!
Quem está no poder quer te distrair com a novela e com o futebol, enquanto eles fazem e desfazem o que quiserem.

Vamos lutar!



5 de set. de 2012


Achava que era seca.
No começo não.
No começo sentia.
Sentia que podia sentir.
Mas em um dia comum chorou.
Não por dor ou sofrimento
Chorou por saber.
Por saber que ainda sentia
O que pensou não mais sentir.
E assumiu aquele sentimento.
Assumiu e agarrou-se com tamanha força
Que sentia em sua alma.
E então a música fez sentido,
O coração batia, a bochecha corava, a pupila dilatava
O cheiro remetia, lembranças inventadas.
E nesse carnaval de sensações
Seu coração sufocou.
Sufocaram seu coração.
Chorou de novo.
Dessa vez por não saber
Que fazer com o que lhe fora deixado
Daquele sentimento corrupto.
Não achava mais que era seca
Agora sabia, apenas sabia.
A vida a secara.
Sabia que era seca.

Mayumi Nakata, Pokémon.

2 de set. de 2012

Excessos.

Quase todos os excessos nos fazem mal.
E com o tempo podem se tornar doenças.
Excesso de medo, medo do escuro, medo de animais, medo de ter medo..
Excesso de remédios, de alimento, de TV..

Na verdade todo excesso nos causa certa dependência psicológica,
de forma que o ideal mesmo seria o equilíbrio.

Mas,
nem todos os excessos são ruins,
amor, paciência, cumplicidade, gentileza, educação.

1 de set. de 2012

Dizem que amor é eterno, será mesmo?

E aquela pessoa por quem você daria a vida?
Que te tirou lágrimas e sono?
E todos aqueles momentos marotos com seu cachorro,
Onde ele sem saber te fazia tão feliz?
E aquela comidinha da mamãe depois de tanto tempo
comendo comida insossa?
E aquela chuva no fim de tarde, em que você viu oportunidade perfeita para dormir?
E não ter hora para acordar no domingo, após uma semana cansativa?
E o sorriso orgulhoso de sua mãe ao ver que finalmente você fez aquilo que ela havia pedido a tempos?
E aquele momento em que você recebe um telefonema de um amigo distante?
E quando toda galera se reúne e cada qual compartilha de si mesmo?
E quando com sede, bebeu aquele copo d'água?
E depois de um dia longo, se sentiu com dever cumprido?


Tudo isso você não amou? Foram segundos, minutos, momentos realmente passageiros,
mas que você amou verdadeiramente e que a lembrança ainda te faz sorrir.
Religião

O que é religião? Algo que você respeita e segue sem questionar?
Se for isso, nossa religião deveria ser nosso coração.
Sim, pois esse jamais se engana.
Você pode doá-lo e não ser reciproco, mas o seu gesto foi verdadeiro.
Se seguíssemos nosso coração ao invés da racionalidade das leis
Poderíamos fazer mais por nossos semelhantes e por nós mesmos.
Uma palavra amiga;
Um gesto de respeito;
O cuidar;
O recuar no memento oportuno;
Ouça mais seu coração, ele sabe quem/o que te faz bem.



28 de ago. de 2012


Dragon Ball GT

Seu sorriso é tão resplandecente
Que deixou meu coração alegre
Me dê a mão pra fugir desta terrível escuridão
Desde o dia em que eu te reencontrei me lembrei
Daquele lindo lugar
Que na minha infância era especial para mim
Quero saber se comigo você quer vir dançar
Se me der a mão eu te levarei por um caminho cheio de sombras e
De luz
Você pode até não perceber mas o meu coração se amarrou em você
Que precisa de alguém pra te mostrar o amor que o mundo te dá
Meu alegre coração palpita por um universo de esperança
Me dê a mão a magia nos espera
Vou te amar por toda minha vida
Vem comigo por este caminho
Me dê a mão pra fugir desta terrível escuridão

25 de ago. de 2012



Rotina...

A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O inicio é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.

A rotina do jornal é o fato.
A celebridade é a rotina do boato.
A rotina da garganta é o rock. 
A rotina da mão é o toque. 

O coração é a rotina da batida.
A rotina do equilíbrio é a medida.
O vento é a rotina do assobio. 
A rotina da pele é o arrepio.

A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.

A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem a sua beleza. 


**Comercial Natura


O arrepio é quando,
por serem tão leves,
seus dedos conseguem,
em cada um dos meus poros:
soerguer uma flor.

Rita Apoena

* Soerguer: Erguer a pequena altura



"Não gosto de quem 
me rouba a solidão
sem que pretenda
ser minha companhia."

Nietzsche


"A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.

Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a.

Se você não está de acordo com as regras, demita-se.

Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz.

Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples,

você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."

21 de ago. de 2012


Animação química!



O Que Eu Também Não Entendo - Jota Quest

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo

Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo

Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também



27 de mai. de 2012




"O homem é programado, desde pequeno, para que seja agressivo. Ganha armas de brinquedo, espadas, luvas de boxe. Raramente a ele é dado o direito que considere normal oferecer carinho e afeto para outro amigo em público. Manifestar seus sentimentos é coisa de mulherzinha. Ou, pior, de bicha. De quem está fora do seu papel.

Já atravessamos uma revolução sexual. Podemos fazer sexo de forma mais livre e com menos culpa que antes. Mas expressar nossos sentimentos é algo longe de acontecer livremente. Como já disse o psicanalista Claudio Picazio a este blog, chegou a hora de passarmos por uma transformação afetiva, começar a entender que tem direito ao afeto, às emoções, a sentir. Passar a ser homem e não macho. Em outras palavras, o homem hetero precisa fazer sua revolução masculina.

Com isso, talvez entendessemos melhor o outro. Hoje, bater em “vadia” e “bicha” pode. Assim como em índio e “mendigo”. E, na maioria das vezes, a culpa recai sobre a própria vítima. Afinal de contas, quem são eles para não se encaixarem? Quem são eles para acharem que podem ser melhores do que eu, sendo diferentes do que aprendemos como o “certo”? Bem-feito. Vestida assim, ela estava pedindo.

As pessoas envolvidas em casos de violência contra mulheres colocam em prática o que devem ter ouvido a vida inteira: quem não se enquadra em um padrão moral que nos foi empurrado – e que obedece aos parâmetros masculinos, heterossexuais e cristãos – é a corja da sociedade e age para corromper o nosso modo de vida e tornar a existência dos “cidadãos pagadores de impostos” um inferno. Seres que nos ameaçam com sua liberdade, que não se encaixa nos padrões estabelecidos pelos homens de bem. Sim, quando uma mulher não pode escolher como se vestir sem medo de ser importunada, ofendida ou violentada toda a sociedade tem uma parcela de culpa. Pelo que fez. Pelo que deixou de fazer.

Muitas mulheres são vítimas de violência doméstica, enfrentam jornadas triplas (trabalhadora, mãe e esposa), não têm a mesma liberdade que os meninos quando pequenas – que dirá conduzir livremente sua vida e suas roupas, pressionadas não só por pais e companheiros ignorantes mas também por uma sociedade que vive com um pé no futuro e o corpo no passado. A qual todos nós pertencemos e, portanto, somos atores da perpetuação de suas bizarrices. Discutimos muito sobre as mudanças estruturais pelas quais o país tem que passar, citando saúde, educação, transporte, segurança, mas esquecemos do respeito mínimo aos direitos fundamentais. Problemas que não conhecem classe social, cor ou idade. Como as mulheres que são maioria – e minoria."


23 de mai. de 2012

Eu não sei na verdade quem eu sou!?


E quando você se sente perdido, mas fazendo a coisa certa?
Triste mas com motivos pra sorrir?
Se sente só quando tem companhia?
Quando você não se reconhece?
E quando está de mãos atadas?
Tantas datas, motivos, pessoas, histórias..
E o tempo passando sem que você se encontre..


5 de mai. de 2012

11 de abr. de 2012

10 de abr. de 2012

Alma Biblioteca - Catedral

Sei que a razão atropela a fraca emoção
Mas não é nada comparada ao coração
Quando é real é mais
Que domina os sentidos
Não dá nem pra respirar

Sei que na vida há coisas que alguém pode ter
Mas não são mais importantes que eu e você
Os teus olhos são meu mar
Sem você tudo é tão ínfimo
Vontade de me afogar

A minha alma é uma grande biblioteca
Aberta todos os dias pra você
E os meus olhos são os livros mais bonitos
E um dia você deve ler


A minha vida é exposta em polaroides
Os meus conflitos são tão fáceis de entender

Te amo mais que tudo nesse mundo
Meu desejo é o teu querer
Te amo mais que tudo nesse mundo
Meu desejo é o teu querer

Os teus olhos são meu mar
Sem você tudo é tão ínfimo
Vontade de me afogar.

9 de abr. de 2012

Sonho de uma Flauta - O Teatro Mágico

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes é doce não

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Hum e o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito

Eu não pareco meu pai
Nem pareco com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Mas a incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso

Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem a sede que morre no ceio
Nota que fermata quando desafino

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas o sonho
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Mas o mundo é perfeito
O mundo é perfeito...

8 de abr. de 2012

Poeta/engenheira.

Queria que ele soubesse minimamente sobre Cartola.
Ele poderia gostar minimamente de cinema francês.
Ele deveria se preocupar minimamente com o futuro do mundo, ter preocupações mínimas com pessoas que sofrem.
Eu desejava que, no mínimo, ele tivesse lido algo do Saramago e/ou que gostasse minimamente de leitura.
Desisti de idealizar cada mínimo detalhe. Hoje espero que ele saiba minimamente que me ama.
Basta que seja minimamente ele e esteja do meu lado e ponto.


Leticia Verdicchio.



Visite museus você também:
http://www.googleartproject.com/

7 de abr. de 2012

Perder, como lidar?


Perder uma chave, dinheiro, perder a música favorita,
perder a carona, perder um animal de estimação, perder as horas,
perder o ônibus, perder papéis, perder amigos, perder grampos de cabelo,
perder um pôr-do-sol, perder uma lágrima em um dia melancólico,
perder risos numa mesa com amigos, perder livros e cd's emprestados,
perder velhos hábitos, perder a fome depois de um telefonema,
perder o sono com uma conversa, perder dias ensolarados de possíveis pic-nics,
perder sonhos de vista, perder mágoas antigas, perder pessoas amadas...

Na vida perdemos de tudo, o importante é não perder a razão de viver!

1 de abr. de 2012

31 de mar. de 2012

Não deixe que o conhecimento te aprisione! Não seja uma pessoa que nasceu homem e depois que passou pela escola, passou a ser um boneco de madeira e cordas, controlado pelo sistema.

Geralmente faço recortes de partes favoritas dos livros, mas hoje me pego com um livro genial, e teria que transcrevê-lo aqui. Pinóquio às avessas - Rubem Alves
" Sou o intervalo entre meu desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de mim."
Fernando Pessoa
Pra que pai se eu tenho uma supermãe??

Minha vida..
Heroína..
Meu exemplo..
Manias plagiadas..
Perfeição..
Valores..
Força..
Fé..
Sensibilidade..
Verdades..
Amor incondicional..
Abraços chorosos..
Saudades..

Vidas e histórias..
Te amo, maior dos anjos.

24 de mar. de 2012

"Quando desejar uma coisa, concentre-se apenas nela: ninguém jamais
será capaz de atingir um alvo que não consegue ver."

"Quem dera fazer do bem uma coisa tão comum, que não haja qualquer
necessidade de exaltar aqueles que o praticaram."

Reconstruindo o mundo.


O pai estava tentando ler o jornal, mas o filho pequeno não parava de
perturba-lo. Já cansado com aquilo, arrancou uma folha – que mostrava
o mapa do mundo – cortou-a em varios pedaços, e entregou-a ao filho.
- Pronto, aí tem algo para você fazer. Eu acabo de lhe dar um mapa do
mundo, e quero ver se você consegue monta-lo exatemente como é.
Voltou a ler seu jornal, sabendo que aquilo ia manter o menino ocupado
pelo resto do dia. Quinze minutos depois, porém, o garoto voltou com o
mapa.
- Sua mãe andou lhe ensinando geografia? – perguntou o pai, aturdido.
- Nem sei o que é isso – respondeu o menino. – Acontece que, do outro
lado da folha, estava o retrato de um homem. E, uma vez que eu consegui
reconstruir o homem, eu também reconstruí o mundo.

Pensando na morte.


Zilu perguntou a Confúcio (filósofo chinês, que viveu no século VI A.C).:
- Posso perguntar-lhe o que pensa sobre a morte?
Poder, você pode – respondeu Confúcio. – Mas se ainda não compreende
a vida, por que deseja saber tanto sobre a morte? Deixe para refletir
sobre ela quando a vida já tiver acabado.

"Permita que seus bons sentimentos sejam logo notados. A arrogância
geralmente é uma máscara banal da covardia, mas termina impedindo
que coisas importantes floresçam na sua vida. "

Onde o macaco coloca a mão.


- É estranha esta expressão popular: "macaco velho não bota a mão em
cumbuca"- comentei com um amigo
- Mas tem sua lógica – respondeu ele. - Na Índia, os caçadores abrem
um pequeno buraco num coco, colocam uma banana dentro, e enterram-no.
O macaco se aproxima, pega a banana, mas não consegue tira-la - porque
sua mão fechada não passa pela abertura. Ao invés largar a fruta, o
macaco fica lutando contra o impossível, até ser agarrado.
O mesmo se passa em nossas vidas. A necessidade de ter determinada
coisa – as vezes algo pequeno e inútil - faz com que terminemos
prisioneiros dela.

"Todos nós nos preparamos para matar dragões, e terminamos sendo
devorados pelas formigas dos detalhes, as quais nunca prestamos atenção”.